segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A vegetação de transição

Mata dos cocais: a mata dos cocais é uma área de transição entre o bioma caatinga e o da Amazônia. Destacam-se, na mata dos cocais, duas palmeiras muito importantes para a economia da região: o babaçu e a carnaúba.
Mata seca: nessa área de transição entre a Amazônia e o cerrado, a floresta apresenta manchas de vegetação comum ao bioma do cerrado ou, então, essas manchas contornam porções desse tipo de floresta.
Floresta de folhas secas: Área de transição entre o cerrado e a caatinga apresenta uma vegetação mais rica que a caatinga e um clima mais seco do que o cerrado.

Biomas psamófilos


Nas dunas praias e restingas, de solo salgado (halófilo) e arenoso desenvolvendo-se uma vegetação herbácea e arbustiva.
A escassez de água e de nutrientes torna difícil a adaptação de plantas e animais nesses ambientes. Aranhas, lagartos e rãs são seus habitantes mais comuns.

Manguezais

Os manguezais são típicos de região tropicais. No Brasil, abrangem trechos que se estendem desde Santa Catarina até o Amapá.
Podemos distinguir três tipos de mangue, cada caracterizado por uma espécie vegetal: o mangue-vermelho (rizophora mangue), o mangue-preto (Avicenia schaueriana) e o mangue-branco (laguncularia racemosa).
Certos bairros de cidades litorâneas brasileiras foram constituídos sobre áreas de manguezais.

Biomas da zona costeira


Os principais biomas do litoral estão ligados á existência de solos arenosos e salinos, apresentando-se bastante danificados pelo homem. São eles: manguezais, e os biomas psamófilos.

Podemos dividir esquematicamente nosso litoral e seus principais ecossistemas costeiros em:
       Litoral amazônico: estende-se da foz do rio oiapo que ao rio Parnaíba e caracteriza-se por manguezais e matas de várzeas de maré.
       Litoral nordestino: começa no delta do Parnaíba e vai até o Reconcovado Baiano.
        Litoral sudeste: vai do Reconcovado Baiano até são Paulo.
       Litoral Sul:Estende-se do Paraná até o arroio Chuí, no Rio Grande do Sul.

Campos sulinos

Os campos sulinos (pampas) são compostos quase integralmente de gramíneas (vegetação herbácea). São formações vegetais em que predomina a vegetação herbácea, comum em áreas planas de clima
Subtropical. No estado do Rio Grande do sul, aparecem os banhados, ecossistemas alagados, com uma vegetação que favorece a existência de muitas espécies de animais, como capivaras marrecos, garças, veados, lontras e outros.

Pantanal

O bioma do pantanal apresenta espécies de quase todos os biomas brasileiros: caatinga, campos, floresta tropical e cerrado. Ocupa terras do Paraguai, da Bolívia, e 140 mil km² só no Brasil (estados de Mato Grosso e Mato grosso do sul), se constituído na maior área úmida continental do mundo, com altitudes que variam entre 100 e 200 metros, banhada pelo rio Paraguai e seus afluentes.
De maneira geral, seus solos pobres e apresenta uma grande quantidade de sal, o que reforça a teoria de que o pantanal já foi mar.

Cerrado

O cerrado é o segundo bioma mais extenso do Brasil, superado apenas pelo amazônico. Originalmente ocupava cerca de 25% do território brasileiro, distribuído entre as regiões centro-oeste (onde é predominante), nordeste e sudeste.
A vegetação do cerrado está associada ao clima tropical continental, com uma estação de formações vegetais diferentes. O cerrado corresponde á vegetação das savanas.
O cerrado foi declarado patrimônio natural da humanidade, em dezembro de 2001, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e cultura (UNESCO).
                                   

Caatinga

Típica da região do polígono das secas (sertão do nordeste e norte de Minas Gerais), a caatinga (do tupi kaa: mato, vegetação; tinga: branco) é um bioma de clima semi – áridos solos pouco profundos e pedregosos e chuvas escassas e mal distribuídas.
Por ser definida pela escassez de água a caatinga apresenta espécies xerófitas. Suas raízes são profundas e ramificadas para alcançar o lençol freático que fica mais profundo na época da seca.
O mandacaru, o juazeiro, o umbu, a macambira, a baraúna e o xique-xique são as principais espécies de sua flora. É o único exclusivamente brasileiro, ocupando uma área de 734.478 km². Sua biodiversidade é pouco conhecida. Estima-se que tenha 932 espécies de plantas, 380 das quais exclusivas da caatinga.

A Mata de Araucárias

Também chamada de mata dos pinhais, a floresta aciculifoliada ocupa as regiões mais altas da região Sul, com cerca de 190 mil km² nos estados do Paraná (37% do estado), Santa Cantarina (31%) e o Rio Grande do sul (25%).
O clima típico dessa floresta é o subtropical. Do ponto de vista geomorfológico, ocupa terrenos dos planaltos e chapadas da bacia do Paraná, por onde correm tributários desse rio. Calcula-se que 5% da floresta original estejam preservadas e apenas 0,22% estejam em área de proteção.
Essa inclusão não é exatamente uma novidade, pois alguns especialistas já a classificavam como parte desse bioma.

Mata atlântica

Desde 1500, esse bioma tem sido destruído pelo homem para a construção de cidades e para o uso agrícola de suas terras. Originalmente, estendia-se do Rio-Grande do norte até o Rio Grande do sul. Hoje, apenas uma pequena parte dessa extensão é preservada, principalmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Apresenta-se como formação vegetal latifoliada, perene, heterogênea, densa e hidrófila. Sua cobertura vegetal encontra-se reduzida a cerca de 7,6 % de sua área original de 1.306.421 km.
Ela não é uma floresta uniforme. Nela podemos distinguir as florestas pluviais montanas ou úmidas de encosta (800 a 1700m) e a floresta pluvial baixo - Montana (do nível do mar até 800 m).
Além da manutenção da biodiversidade, a preservação do que resta da mata Atlântica é extremamente importante para o homem porque regula o fluxo dos recursos hídricos, protege a fertilidade dos solos, controla o clima e protege as escarpas e encostas de serra da erosão.
A fauna é o que mais chama a atenção na mata Atlântica: gambás, preguiças, antas, veados, cutias, quatis, e muitas outras espécies vivem na região. Algumas estão ameaçadas de extinção: o mico leão dourado, a onça-pintada, a lontra, a arara-azul-pequena e o tatu-canastra.
Antes, apenas alguns trechos do bioma estavam incluídos nessa categoria. Quando são declaradas reservas, as áreas recebem uns certificados de excelência que garante recursos para sua conservação.

Amazônia

Equivale a 35% das áreas florestais do planeta.
Além do Brasil, abrange terras de diferentes países (Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela) e da Guiana Francesa (território ultramar da frança).
No Brasil, o bioma denominado Amazônia (da floresta Amazônica) abrange 4,9 milhões de km² de uma área conhecida como Amazônia legal, um pouco mais extensa.
Criada em 1966, a Amazônia legal, possui 5.217.423 km², que compreendem os estados do Pará, Tocantins, Amapá, Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Mato-grosso e parte do Maranhão, e tem como objetivo possibilitar o planejamento econômico da região por ela delimitada.
A floresta amazônica apresenta espaços ou clareiras, onde encontramos vegetação rasteira, como os campos, em Roraima, na ilha de Marajó, nos vales do rio Trombetas e no Amapá.
Seria necessário que houvesse uma administração cuidadosa e o uso sustentável desses recursos. Porém, não é o que acontece, apesar dos esforços do IBAMA e de organizações não-governamentais (ONGs).

Os biomas brasileiros


O instituto brasileiro do meio ambiente e dos recursos naturais renováveis (IBAMA), o ministério do meio ambiente (MMA) e o fundo mundial para a natureza (WWF- Brasil) fizeram um estudo dos ecossistemas brasileiros com a finalidade de verificar como esta sendo realizada a conservação desses ecossistemas.
Esse trabalho também deu origem a um mapa que localiza os sete biomas brasileiros – seis terrestres e um envolvendo a região marítima (zona costeira ou litorânea) -, estabelecendo entre eles três áreas de transição: a mata seca a mata dos cocais, e a floresta de folhas secas do nordeste.

Os Domínios Morfoclimáticos


Na década de 1960, o geógrafo Aziz Nacib Ab saber reuniu as principais características do relevo e do clima das regiões brasileiras para formar, com os demais elementos naturais da paisagem, o que chamou de domínios morfoclimaticos.
Os domínios morfoclimaticos representam a síntese de vários elementos da natureza, dando um aspecto característico a uma determinada área do território. São eles: domínio amazônico (terras baixas e florestas equatoriais), domínio do cerrado (chapadões tropicais interiores com cerrados e matas de galeria), domínios dos mares e dos morros (áreas mamelonares tropical – atlânticas florestadas) domino da caatinga, (depressões intermontanas e interplanálticas semi – áridas) domínio da araucária (planaltos subtropicais com araucárias) e domínio das pradarias (coxilhas subtropicais com pradarias mistas).  
Em um domínio, podemos reconhecer um bioma predominante, biomas secundários e vários ecossistemas. Por exemplo, no domínio do cerrado.
Podemos dizer também que a expressão domínio do cerrado é muito mais ampla do que o bioma do cerrado, uma vez que esta se refere a um bioma terrestre e a primeira pode incluir espécies de água doce.

Biodiversidade

O Brasil é o país de maior biodiversidade do planeta. Foi o primeiro signatário da convenção sobre a diversidade Biológica (CDB), e considerada mega biodiverso – país que reúne ao menos 70% das espécies vegetais e animais do planeta – pela Conservation internacional (CI).